Boletim da APP – 01/04/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Só agora Ratinho admite que aulas presenciais retornam após vacinação dos(as) profissionais
Um ano após o início da pandemia, Governo do Paraná é obrigado a admitir que Sindicato tinha razão
Foi preciso um ano de pandemia de Covid 19 para que o governador Ratinho Jr (PSD) reconhecesse a gravidade do problema e admitisse que só é seguro retomar as aulas presenciais após a vacinação dos(as) profissionais da educação. Esse dia, tão aguardado pelos(as) paranaenses, finalmente chegou. Na manhã de terça-feira, em entrevista a uma rádio de Curitiba, Ratinho afirmou que as aulas presenciais só serão retomadas após a vacinação. “Consideramos prudente essa nova posição do governador. Reafirmamos a posição que sempre tivemos desde o início, de que as aulas só podem acontecer presencialmente após a vacinação dos professores e também dos funcionários de escola”, comentou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.
Proposta do Governo Ratinho Jr para o Ensino Médio é autoritária e neoliberal
Referencial Curricular foi elaborada sem a participação das comunidades escolares e empobrece os conteúdos educativos
O Referencial Curricular para o Ensino Médio proposto pelo Governo do Paraná é excludente e não resolverá os principais problemas dessa etapa da Educação, podendo agravar alguns deles, estimulando a evasão escolar ao fechar turmas do ensino noturno. “A proposta traz um esvaziamento e um empobrecimento do curriculum. É um cavalo de tróia para impor a ideologia neoliberal nas escolas”, analisa Cleiton Costa Denez, diretor executivo Educacional da APP-Sindicato.
A opinião de Cleiton baseia-se num estudo do Grupo Ensino Médio em Pesquisa, ligado à Universidade Estadual do Paraná (Unespar). “Pedimos esse estudo para termos uma análise profissional da proposta para o curriculum do Ensino Médio”, explica o dirigente da APP. “A conclusão é que essa proposta traz para a escola o projeto neoliberal, com a lógica de construir o ‘projeto de vida’, que levará o estudante a se tornar um empreendedor de subsistência”, completa.
Atenção Funcionários(as): prazo para protocolo de cursos para progressão é até 14 de maio
Sindicato mantém a luta para que o pagamento dos direitos seja garantido
A APP-Sindicato faz um lembrete importante para os(as) funcionários(as) de escola: fiquem atentos(as) para não perder o prazo do protocolo virtual dos cursos (www.eprotocolo.pr.gov.br) para contar as horas e ter direito à progressão.
Lembrando que o Plano de Carreira dos(as) Funcionários(as), Agente Educacional I e II, garante a progressão a cada dois anos, mediante a apresentação de cursos e da avaliação de desempenho. A progressão acontece sempre em agosto e os(as) funcionários(as) precisam apresentar 80 horas de curso, no mínimo, para ter este direito.
57 anos dos horrores da ditadura. Uma data para não esquecer!
Durante a ditadura militar, o Brasil enfrentou o período mais nefasto da história, que custou muitas vidas de trabalhadores(as) que lutavam pela democracia
Há 57 anos atrás, o Brasil enfrentou um dos períodos mais sombrios de sua história, sendo marcado pela perseguição política e brutalidade àqueles que lutavam pela garantia de direitos e democracia para os(as) trabalhadores(as). Exatamente no dia 31 de março de 1964, o alto comando do Exército Brasileiro enviou tanques de guerra ao Rio de Janeiro, então capital do Brasil, para depor o presidente João Goulart, o Jango, que governou entre 1961 e 1964.
A partir deste ato de ruptura com a democracia, o Congresso Nacional foi fechado e foi imposta uma nova Constituição, que entrou em vigor em janeiro de 1967, a qual foi instaurada com a justificativa de “eliminar a ameaça comunista” e acabar com a representação de setores progressistas da sociedade. Este golpe, que durou 21 anos, só foi possível após o apoio de setores golpistas do Exército Brasileiro e setores da burguesia nacional, que tinham interesses em reformas políticas, principalmente retirar as que garantiam direitos básicos para a população mais carente.
Empresas públicas são essenciais para país sair da crise, comprova estudo do Dieese
Estudo mostra a função de empresas públicas na sociedade brasileira e como elas podem ajudar o país a sair da crise. Para o Dieese, governo desinforma população ao defender privatizações
Os governos de Michel Temer (MDB-SP) e de Jair Bolsonaro (ex-PSL) se pautaram pelo discurso de que só o que é privado é bom, que os servidores são “vagabundos” ( disse o ministro da Economia, Paulo Guedes) , e que as empresas públicas são deficitárias e devem ser vendidas, privatizadas.
Este discurso distorcido, bem diferente do discurso e da prática dos ex-presidentes Lula e Dilma, do PT, que investiram nas estatais e valorizaram o servidor público, tem o intuito de propiciar um ambiente favorável junto à opinião pública para a venda dessas empresas.
Ao não investir nas empresas nem no serviço público, as pessoas são mal atendidas por falta de condições de trabalho, mas por terem em mente os discursos da dupla Bolsonaro/Guedes, acabam concluindo que é melhor vender mesmo, sem refletir sobre as consequências da privatização. Se refletissem um pouco lembrariam, no mínimo, que as empresas públicas são responsáveis por boa parte da geração de emprego e renda no país.
Para desmitificar o discurso neoliberal da privatização, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), fez um estudo minucioso sobre as estatais, as empresas de economia mista e o conceito do que é público.
Na apresentação do estudo, os técnicos do Dieese falam como, neste momento de aguda crise sanitária e socioeconômica em escala global, as estatais podem, também, fazer parte de um esforço de recuperação e desenvolvimento nacional.