Boletim da APP – 01/12/23
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
44 escolas dizem não à militarização e sim à gestão democrática
Entre os dias 28 e 29 de novembro, 127 escolas estavam em consulta pública
Um breve, mas necessário balanço.
A APP-Sindicato ressalta o avanço da escolha pela continuidade da gestão democrática em 44 escolas (35%), uma evolução significativa em relação à consulta de 2020, quando apenas 12% das comunidades rejeitaram a militarização.
Cabe também notar que, em Curitiba e na Região Metropolitana, onde vive a maior parte da população, as comunidades derrotaram, em sua maioria, o modelo cívico-militar.
Valorizamos e parabenizamos, em especial, a corajosa e decisiva mobilização dos(as) estudantes em todo o estado.
Por fim, frisamos que o resultado geral – com 82 escolas militarizadas – não pode ser dissociado do caráter antidemocrático da consulta.
Este foi um processo marcado pela condução autoritária do governo, sem prazo para o debate nem espaço para o contraditório, escandaloso uso da máquina pública, episódios de coação e censura a educadores(as) e estudantes, restrição ao voto de alunos(as), entre outras irregularidades que põem em xeque sua legitimidade.
Tais fatos foram amplamente documentados pela APP, que esteve presente nas escolas ao longo de toda a consulta, apesar das práticas antissindicais do governo condenadas pelo Ministério Público do Trabalho.
Ratinho Jr. quer militarizar mais 25 escolas ainda em 2023
Não há paz para a comunidade escolar do Paraná. Governo aposta novamente no modelo falido e autoritário de escolas cívico-militares
Menos de vinte a quatro horas após 84 colégios paranaenses serem militarizados, por meio de uma consulta antidemocrática e violenta que dividiu escolas e famílias, o governo se movimenta para extinguir a gestão democrática em outros 25 colégios de 21 cidades.
Há suspeitas de que realização da consulta sobre o modelo cívico-militar nas novas escolas atenda a pedidos de vereadores e deputados ligados ao bolsonarismo.
Ao ceder, Ratinho Jr. transforma a educação pública em um campo de batalha ideológico para angariar capital político.
Trata-se de uma lógica nefasta e totalmente dissociada de qualquer objetivo pedagógico, que tem exposto à comunidade escolar a grupos extremistas e invasões.
Paraná conclui fase estadual da Conae 2024 com aprovação de propostas e delegados(as) para a nacional
Encontro realizado na sede estadual da APP-Sindicato foi marcado por pluralidade e retomada do protagonismo da sociedade na formulação das políticas educacionais
O futuro da educação, os desafios, as soluções e as prioridades que devem ser assumidos pela União, estado e municípios, para garantir esse direito a todos(as) os(as) brasileiros(as), nortearam os debates e as propostas aprovadas na etapa estadual da Conferência Nacional Extraordinária da Educação (Conae 2024).
O encontro iniciou ontem (27), na sede estadual da APP-Sindicato, em Curitiba, e terminou hoje com a plenária final das emendas, moções e a eleição de 69 delegados(as) que vão representar o Paraná na etapa nacional, marcada para os dias 28, 29 e 30 de janeiro, em Brasília.
Foram dois dias de trabalho coletivo com a participação de cerca de 600 pessoas de todas as regiões do estado, representando poder público e diversos segmentos e setores da sociedade. As formulações vão contribuir para a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034.
Verão nas Colônias de Praia da APP: confira o resultado do sorteio de temporada
Os(as) contemplados(as) devem confirmar a vaga e efetuar o pagamento até o dia 4 de dezembro, pelo sistema “Minha Sindicalização”, no site da APP
Os 29 Núcleos Sindicais da APP realizaram, na última quarta-feira (22), os sorteios dos(as) educadores(as) sindicalizados(as) que se inscreveram às vagas para a temporada 2023/2024 das Colônias de Praia de Guaratuba (PR) e Itapoá (SC).
Confira os sorteados (titulares e suplentes) por Núcleo Sindical.
Violência de gênero: Sul registra aumento de 32,4% em violência sexual em 2023
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e demonstram que as maiores vítimas são crianças de 0 a 13 anos de idade
Os registros de feminicídios e homicídios femininos aumentaram em 2,6% no país este ano, quando comparado com o ano anterior. Foram 722 mulheres assassinadas no país, contra 704 nos primeiros seis meses de 2022.
Já os casos de estupros e estupros de vulnerável apresentaram crescimento de 14,9%. Foram mais de 425 mil meninas e mulheres que sofreram violência sexual nos primeiros seis meses de 2023. Na região sul, foi registrado um aumento de 32,4%, a maior elevação no país.
Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 13 de novembro e demonstram o problema crônico da violência de gênero no país.