Boletim da APP – 08/11/24
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
APP pede revisão do resultado provisório do PSS e orienta candidatos(as) a entrarem com recurso até segunda (11)
Sindicato notificou a Seed após relatos de problemas e estimativa de que mais de 70% foram prejudicados(as); processo é destinado a contratação de professores(as) e pedagogos(as) temporários(as)
A APP-Sindicato protocolou na manhã desta sexta-feira (8), junto à Secretaria da Educação (Seed), uma solicitação para que seja realizada uma nova análise dos resultados preliminares do Processo Seletivo Simplificado (PSS), Edital 73/2024. O certame é destinado a contratação temporária para os cargos de Professor e Professor Pedagogo para atuação na rede pública estadual.
Desde a divulgação do resultado provisório da prova objetiva, prova prática, prova de títulos e tempo de serviço, publicada ontem (7) pelo Instituto Consulplan, o sindicato passou a receber diversos relatos de incongruências e erros graves.
De acordo com as reclamações, houve zeramentos injustificados nas notas de candidatos(as) atribuídas aos títulos e ao tempo de serviço. A suspeita é de que tenha ocorrido problemas no sistema de avaliação da banca organizadora. “Estima-se que esses erros possam ter afetado mais de 70% dos(as) inscritos(as), comprometendo a transparência e a equidade do certame”, relata o ofício assinado pela presidenta da APP, Walkiria Mazeto.
Ratinho Jr. usou dinheiro da educação para dar lucro de R$ 3 milhões a empresa privada, denuncia deputada
Segundo Ana Júlia (PT), empresa do Parceiro da Escola recebeu R$ 6 milhões para fazer troca de lâmpadas, pintura de muro e gestão de colégio que custou apenas R$ 115 mil no ano anterior
Ato realizado em junho de 2024 contra a votação do Parceiro da Escola reuniu mais de 20 mil educadores(as) em Curitiba - Foto: Altvista / APP-Sindicato
A deputada estadual Ana Júlia (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para denunciar números alarmantes sobre os lucros das empresas que operam o projeto-piloto criado pelo governador Ratinho Jr. (PSD) para privatizar mais de 200 escolas. Segundo a parlamentar, a iniciativa rendeu lucro astronômico de 50% sobre o valor de R$ 6 milhões repassado pelo governo para serviços como troca de lâmpadas, pintura de muro e gestão administrativa de apenas um colégio. “Mas que pintura de muro é essa que custa R$ 6 milhões? Que lâmpada é essa que custa R$ 6 milhões?”, questionou.
As conclusões foram extraídas da análise dos gastos feitos pela Secretaria da Educação (Seed) nos dois colégios usados como referência para o programa Parceiro da Escola. De acordo com a apuração, em 2022 o governo destinou apenas R$ 115 mil para a direção do colégio Anita Canet, de São José dos Pinhais, pagar despesas e fazer a manutenção do estabelecimento durante o ano inteiro. Já em 2023, com a gestão privada, Ratinho deu R$ 6 milhões para uma empresa fazer a administração da mesma escola.
Segundo a deputada, na outra escola que faz parte do piloto, o Colégio Aníbal Khury Neto, em Curitiba, os números são parecidos. Enquanto em 2022 o governo enviou apenas R$ 176 mil ao fundo rotativo do estabelecimento, no ano seguinte a verba repassada para uma empresa administrar a unidade foi de R$ 5,7 milhões.
Venda da Celepar e exposição de dados pessoais serão debatidas em audiência pública na Assembleia Legislativa
População pode participar do encontro para discutir o projeto de lei que autoriza a privatização da empresa responsável pela segurança de dados estratégicos
A venda da Celepar – Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná será debatida na segunda-feira (11) na Assembleia Legislativa. A partir das 18h, no Auditório Legislativo, será realizada audiência pública para discutir o Projeto de Lei 661/2024, que autoriza a privatização da empresa responsável pela gestão e segurança dos dados estratégicos do Paraná.
A Celepar atende setores essenciais no Paraná, como educação, saúde, segurança pública, incluindo o Ministério Público e o Poder Judiciário. A tramitação acelerada do projeto de lei, sem parecer técnico da Autoridade Nacional de Proteção de Dados e sem debate aprofundado sobre os riscos da privatização é motivo de grande preocupação dos deputados do Bloco PT-PDT.
O evento é uma oportunidade para que a sociedade paranaense se posicione sobre um tema que impacta diretamente a segurança e a privacidade de seus dados.
Conselho Fiscal da APP: conheça quem são os(as) representantes e qual o papel do órgão
Conselho Fiscal é responsável por zelar pelas finanças e o patrimônio da APP-Sindicato, além de fiscalizar a aplicação dos recursos
Foto: Beatriz Mangili / APP-Sindicato
Os recursos dos(as) sindicalizados(as) que se filiam à APP-Sindicato são acompanhados e fiscalizados pelo Conselho Fiscal da entidade ao longo do ano. A cada dois meses, o conselho se reúne durante três dias para verificar, assegurar e fiscalizar os gastos da entidade. Nesta sexta-feira (8), encerra-se mais um ciclo de fiscalização realizado pelo órgão.
Neste mês, a reunião foi convocada para analisar os Relatórios Mensais de Despesas (RMDs) do sindicato. Durante os trabalhos, o conselho revisa as prestações de contas da APP-Sindicato de forma geral, tanto da Sede quanto dos 29 Núcleos Sindicais. Cabe ao Conselho Fiscal verificar bimestralmente todos os documentos dos balancetes das Diretorias Estadual e Regionais, emitindo um parecer antes da próxima reunião e comunicando à Diretoria Estadual qualquer irregularidade, com recomendações de medidas corretivas, se necessário.