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Boletim da APP – 10/12/22
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
A escola é nossa! Comunidade escolar impõe derrota a projeto de privatização da rede estadual
Ao rejeitarem o projeto, as comunidades escolares enviam um poderoso recado ao governo Ratinho em defesa da escola pública
A educação pública do Paraná resiste! Apenas duas escolas estaduais acataram, em consulta, o projeto “Parceiro da Escola”, que propõe a terceirização da gestão para grupos empresariais.
As outras 25 escolas na mira da privatização disseram não, seja pela rejeição (14) ou pela falta de quórum (11).
A vitória da escola pública foi substancial e joga água no laboratório de mercantilização da educação de Renato Feder e Ratinho Junior. Em muitas escolas, o “Não” venceu por larga vantagem.
A consulta sobre o projeto – chamado pelo governo de “Parceiro da Escola” – começou na segunda e terminou na quarta-feira (7). Pais, mães, responsáveis, educadores(as) e estudantes com 18 anos ou mais estavam aptos a participar.
A APP acompanhou todo o processo de votação presencial nas instituições, além de fiscalizar a apuração e pressionar a Seed por agilidade e transparência na totalização dos resultados.
Os resultados eram conhecidos já na noite de quinta. Derrotado, o governo atrasou a divulgação o máximo que pôde. Na sexta-feira, em meio ao jogo da seleção brasileira, o Paraná Educação publicou um comunicado melancólico, reportando os números apenas das escolas que aprovaram o projeto: Anita Canet, de São José dos Pinhais, e Anibal Khury, de Curitiba.
Uso da máquina, pressão e irregularidades marcam consulta para privatização de escolas
A avidez do Estado para renunciar de suas responsabilidades e transferir R$ 220 milhões por ano para o bolso de empresários(as) é imoral e, para a APP, coloca em xeque a lisura do processo
Sem pudores, o governo Ratinho Jr está abusando da máquina pública para convencer as comunidades a aceitarem a entrega de suas escolas à gestão de empresas privadas. Pressão, assédio e irregularidades utilizando recursos e estrutura do Estado marcam os três dias de consulta sobre o projeto “Parceiro da Escola”.
A tentativa de direcionar os votos ocorre das formas mais variadas: trio elétrico, tutoriais e materiais de divulgação indicando voto favorável, cédulas que violam o voto secreto, mensagens de whatsapp, ligações não autorizadas dos NREs para pais e mães e até manifestações públicas de diretores(as).
Inscrições do novo PSS para educação profissional e outras áreas terminam nesta quarta
As vagas são também para docentes e pedagogos(as) em escolas indígenas, quilombolas e itinerantes, tradutores e intérpretes de Libras, entre outras
Terminou na quarta-feira (07), às 18h, o prazo de inscrição para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) da Educação Profissional, válido para o ano letivo de 2023.
As diferentes escolaridades obrigatórias e pontuações estão detalhadas no Edital nº 70/2022, bem como os locais de atuação.
O processo é destinado às contratações temporárias de várias funções, em especial para professores(as) de cursos técnicos da rede estadual de ensino em diversos municípios.
Educadores(as) de Umuarama publicam manifesto pela revogação do Novo Ensino Médio
Carta em Defesa do Ensino Médio e contra a atual BNCC é subscrita por pesquisadores(as), educadores(as) da rede básica e entidades
A implantação do Novo Ensino Médio afasta os(as) filhos(as) da classe trabalhadora do Ensino Superior e efetiva o desmonte da carreira de professor(a). A avaliação é de educadores(as) que se reuniram para debater o tema e publicaram a “Carta em Defesa do Ensino Médio e contra a Reforma e a atual BNCC”.
O documento é subscrito por profissionais da educação da Rede Estadual, do Instituto Federal do Paraná Campus Umuarama, do Grupo de Estudos em Educação Edificare e do Núcleo Sindical da APP em Umuarama.
Os(as) educadores(as) pedem a revogação do Novo Ensino Médio e a retomada do debate sobre o tema. Eles(as) defendem a formação continuada de professores(as), a realização de concurso público e a retomada das carreiras dos(as) trabalhadores(as) em educação.
Bolsonaro raspa o caixa de Universidades Federais e deixa bolsistas sem pagamento
Redução de R$ 344 milhões se soma aos R$ 438 milhões cortados em junho e asfixia instituições de ensino superior
O corte de R$ 344 milhões das universidades federais é o ato final de um governo que dedicou cada minuto a atacar a educação. No dia 1º de dezembro, o governo informou que “zerou o limite de pagamento das despesas discricionárias do Ministério da Educação previsto para o mês de dezembro”. A medida inviabiliza o funcionamento das instituições de ensino superior, que não têm como pagar despesas básicas, nem o bandejão, fundamental para os estudantes da classe trabalhadora.
Esse bloqueio de recursos ocorre num momento em que as universidades já enfrentavam grandes dificuldades, devido à retirada de outros R$ 438 milhões em junho deste ano. A APP condena mais esse ataque do governo que se vai, derrotado em suas tentativas de destruir a educação brasileira.
No Paraná, os cortes já ameaçam o funcionamento da UFPR. “A integralidade dos recursos foi subtraída das contas e hoje não há nenhuma condição financeira para a UFPR saldar, já neste mês de dezembro, as contas básicas de água, luz, contratos dos serviços essenciais de conservação, limpeza e segurança, bem como, o pagamento de bolsas, auxílios e o funcionamento dos restaurantes universitários”, diz nota divulgada pela Universidade.