Boletim da APP – 11/02/22
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
70% dos(as) professores(as) receberam apenas 3% de reajuste
Ao contrário da propaganda de Ratinho Jr, a maior parte dos(as) professores(as) não recebeu qualquer reajuste além dos 3%
Não foram só funcionários(as) de escola que ficaram de fora do “reajuste” prometido por Ratinho Jr. A nova tabela de vencimentos publicada em fevereiro traz mudanças para apenas 29,5% dos(as) professores(as) na ativa.
Ao contrário do anunciado oficialmente e repetido pela mídia comercial, 70,5% dos(as) professores(as) não tiveram qualquer reajuste nos vencimentos além dos 3% referentes a parte da Data-Base
As alterações representam uma variação média ponderada de 8,8% nos vencimentos dos(as) professores(as). O valor fica abaixo da inflação de 2021, que bateu 10,06%.
Se considerarmos a remuneração total dos(as) professores(as), que passou a incluir uma gratificação de R$ 800, a variação média ponderada foi de 15,89%, segundo cálculos do economista Cid Cordeiro. Ainda distante da média de 20% que o governo anunciou para o conjunto da categoria.
Uma parcela pequenas dos(as) educadores(as) que se aposentaram em classes e níveis mais baixos também recebeu reajustes acima de 3%. Mas não é possível precisar a proporção porque o portal da transparência não oferece dados desagregados sobre a folha dos(as) aposentados(as).
Quanto aos(às) da ativa, o reajuste de 31%, que Ratinho diz na propaganda ser para todos(as), beneficiou apenas 128 professores(as) do Quando Próprio do Magistério.
Lutar e resistir: educadores(as) aprovam Jornada de Lutas em Assembleia Estadual da APP
O período crítico exige unidade e a necessidade de fortalecer a resistência contra os ataques de Ratinho e Feder.
Reunidos(as) em Assembleia online do último sábado (5), os(as) trabalhadores(as) da educação do Paraná debateram e aprovaram uma extensa Jornada de Lutas em defesa da vida, da saúde, da escola pública, de melhores condições de trabalho e por valorização profissional.
Caravanas em todo o estado já a partir deste mês, campanha salarial, defesa das carreiras e de concursos públicos, defesa da vacinação e segurança sanitária nas escolas e lutas contra o processo de mercantilização, terceirização e privatização da educação pública compõem a pauta de mobilizações.
Informes da pauta: tire suas dúvidas sobre promoções, quinquênios, Piso e mais
Resumimos abaixo os principais pontos da pauta abordados na última Assembleia. Leia e tire suas dúvidas!
Além de definir a Jornada de Lutas e as estratégias para defender a escola pública e a categoria, a Assembleia Estadual também é um espaço para repassar informes e tirar dúvidas sobre questões funcionais e pedagógicas.
Resumimos em uma matéria os principais pontos abordados na última Assembleia.
Governo publica nova tabela salarial e confirma achatamento da carreira dos(as) professores(as)
Ratinho não cumpre a Lei do Piso corretamente, achata a carreira e abandona aposentados(as) e funcionários(as) de escola
Está no Diário Oficial: a tabela salarial “definitiva” dos(as) professores(as) da rede estadual foi publicada pelo governo Ratinho, com validade retroativa a 1º de janeiro.
>> Clique aqui para baixar a tabela
Os valores correspondem às mudanças aprovadas em dezembro. À época, a greve da APP denunciou o achatamento da carreira e a falsa propaganda dos “48%” de aumento. A previsão se confirmou.
A maior parte dos(as) professores(as) não receberá mais do que os 3% da Data-Base.
Resistir é possível: Polivalente de Apuracana rejeita modelo cívico-militar
Apesar do fracasso da política de militarização no estado, o governo dobrou a aposta e iniciou uma nova ofensiva nesta semana
Em reunião na noite de quarta-feira (9), a comunidade escolar do Polivalente disse não à tentativa de Ratinho Jr. de implantar, da noite para o dia, o modelo cívico-militar no tradicional colégio de Apucarana.
Apesar do fracasso da política de militarização no estado, o governo dobrou a aposta e iniciou uma nova ofensiva nesta semana em todas as regiões, informando e convocando comunidades escolares para consulta em prazos exíguos que inviabilizam o debate.
Ainda assim, a comunidade do Polivalente mostrou que é possível resistir. Educadores(as), estudantes, pais e mães lotaram a quadra coberta da escola e reprovaram a proposta por 274 votos a 230.