Boletim da APP – 11/08/23
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Para 83% dos(as) professores(as), plataformas digitais não melhoraram aprendizado de estudantes no Paraná
Dados exclusivos da pesquisa Plataformização da Educação refletem estudos internacionais sobre os riscos do uso excessivo de tecnologias em sala de aula
Apenas 16,9% dos(as) professores(as) da rede estadual do Paraná afirmam que as plataformas tecnológicas utilizadas em sala de aula melhoraram a aprendizagem dos(as) estudantes. Para 40,3%, a aprendizagem piorou. Já 42,7% dizem que os resultados não foram positivos nem negativos.
Os dados são da pesquisa “Plataformização da Educação”, realizada pela APP-Sindicato e o Instituto IPO em julho deste ano com educadores(as) de todo o estado. A percepção dos(as) professores(as) da rede encontra eco no relatório “Tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?”, publicado pela Unesco, que aponta prejuízos à aprendizagem advindos do uso excessivo de tecnologias na sala de aula.
Governo realiza consulta para militarizar mais escolas; saiba por que votar NÃO
Confira seis motivos para dizer NÃO ao modelo falido, autoritário e que não resultou em qualquer melhoria na educação paranaense
Sem alarde, a Secretaria da Educação iniciou um processo de consulta a escolas da rede estadual sobre a adesão ao modelo cívico-militar.
Segundo informações, Núcleos Regionais de Educação solicitaram que as escolas façam consultas internas com professores(as) e funcionários(as) e manifestem interesse até segunda-feira (14). Ratinho já havia anunciado que dobraria o número de escolas cívico-militares, um modelo falido, sem resultados e que já foi extinto pelo governo federal.
Se a sua escola for consultada, converse com seus colegas, vote NÃO e defenda uma escola pública plural, democrática e inclusiva.
APP marca presença em Ato Nacional em Defesa da Educação e MEC recebe entidades
O Sindicato foi representada por mais de 30 dirigentes estaduais e municipais
A pressão funcionou e graças à força da mobilização no Ato Nacional em Defesa da Educação, realizado durante esta quarta-feira (9) em Brasília, o Ministério da Educação (MEC) recebeu uma comissão de representantes das entidades presentes. O grupo entregou uma carta de reivindicações, cobrando mais diálogo com o governo federal.
Convocada pela Confederação Nacional dos(as) Trabalhadores(as) em Educação (CNTE), a mobilização contou com a participação de estudantes, sindicatos da educação de todo o país e da sociedade civil.
Entre as pautas discutidas com o MEC estão a revogação do Novo Ensino Médio e a valorização dos(as) profissionais da educação, incluindo um plano de carreira para o conjunto dos(as) trabalhadores(as) da educação e a implementação de um piso nacional para funcionários(as) de escola.
Por que premiar professores(as) com base no IDEB é uma péssima ideia
Bonificação não é política pública e nem valorização profissional
Ratinho Junior dorme, sonha e acorda pensando nos números do IDEB. Vale tudo para manter a joia da coroa da propaganda governamental, inclusive sacrificar o real aprendizado, estimular a competição entre escolas e culpabilizar professores(as) por eventuais resultados abaixo do esperado.
A mais nova estratégia para produzir índices foi anunciada nesta terça-feira (8). Profissionais de escolas estaduais que apresentarem evolução no IDEB receberão um bônus de R$ 3 mil. Prêmio que, disfarçado de valorização, expõe as entranhas da política educacional imposta à rede estadual desde 2019.
Primeiro, é evidente que sobra dinheiro nos cofres do Paraná. Ao invés de investir na valorização profissional dos(as) educadores(as), que amargaram neste ano perdas salariais superiores a 40%, o governo prefere sequestrar o recurso para chantagear a categoria e manter em movimento a máquina de produzir resultados em testes padronizados.
Ratinho Junior entrega Copel ao mercado após prometer que não privatizaria a estatal
Oferta de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo entrega patrimônio do povo paranaense a grandes investidores
Ratinho Jr enganou mais uma vez a população paranaense e concluiu na calada da noite a oferta de ações da Copel na Bolsa de Valores de São Paulo, concretizando na prática a privatização da companhia.
Na campanha eleitoral, o governador gravou um vídeo afirmando que a Copel continuaria sendo dos paranaenses se vencesse a eleição, mas jogou o compromisso no lixo.
A oferta de ações que culminou na privatização da Copel movimentou R$ 5,2 bilhões na terça-feira (8). Na sexta-feira (11) os investidores terão que realizar os pagamentos. Com a operação, o governo do Paraná perde o controle da empresa, que passa a ter suas ações pulverizadas entre os investidores.
A Copel é a empresa mais lucrativa do Estado. Em 2022 o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização foi de R$ 5,5 bilhões, valor 10,4% superior ao do ano anterior. Portanto não faz sentido o Paraná abrir mão de participação acionária na empresa, a não ser para atender o olho gordo do mercado no patrimônio do povo paranaense.