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Boletim da APP – 13/05/22
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
“Nunca foi tão difícil dar aulas”; sequelas da pandemia, pressão e desvalorização ameaçam saúde mental nas escolas
A APP-Sindicato buscou especialistas para entender os sintomas do adoecimento e reforça: é dever do Estado cuidar da saúde ocupacional dos(as) servidores(as)
Sentimento de impotência, ansiedade, desânimo, insegurança e pensamentos negativos têm sido documentados entre educadores(as) de todo o país desde o retorno presencial às aulas.
Após as aulas remotas, um período de grandes incertezas marcado pela sobrecarga, pressão social e pouco suporte do Estado, trabalhadores(as) da educação encontraram, na volta às salas de aula, um ambiente diferente, mais hostil e difícil de lidar.
Ratinho Jr ignora a educação especial na aplicação da Prova Paraná
Falta de adaptação dos exames para esses(as) estudantes indignou professores(as) e familiares
A aplicação da Prova Paraná evidenciou o uso da política de dois pesos e duas medidas do governo Ratinho Jr. A Secretaria da Educação cobra constantemente dos(as) professores(as) da educação especial que adaptem atividades e avaliações para os(as) estudantes, mas ignorou suas próprias recomendações ao aplicar a Prova Paraná. A situação indignou pais e professores(as).
“Meu filho tem autismo e deficiência intelectual. Colocá-lo para fazer uma prova grande, com textos enormes, é constrangedor para ele. Ele tem autismo leve e deficiência intelectual, mas não recebeu nenhuma prova adaptada”, relata Noêmia Freitas, mãe de um aluno do segundo ano do Ensino Médio da Escola Padre Cláudio Morelli, em Curitiba.
O governo divulga para a sociedade que preparou provas adaptadas para os(as) alunos(as) da educação especial, mas não faltam relatos de professores(as) apontando que essas provas não chegaram às escolas. “O que vemos é uma verdadeira exclusão dessas pessoas, que são estudantes da escola pública do Paraná”, diz uma professora que prefere não ser identificada, por medo de represálias da Seed.
Falta de funcionários(as) no CAP de Maringá expõe problema crônico da rede estadual
Males da terceirização: Estado gasta mais, demora a repor profissionais e deixa escolas à beira da interdição
Desde o começo do ano letivo, o tradicional Colégio de Aplicação Pedagógica de Maringá enfrenta um problema que tem se alastrado por toda a rede estadual desde a terceirização dos cargos de funcionários(as) de escola: a falta crônica de trabalhadores(as).
A instituição, que já chegou a ter 12 servidores(as) no setor de limpeza, conta com apenas três terceirizadas na função. O déficit torna impossível atender às necessidades da comunidade escolar e seus mais de mil estudantes.
Parlamentares acionam MP por transparência nas isenções fiscais do governo Ratinho Jr
Governador se recusa a responder a deputados(as) quem são os(as) beneficiários(as) de isenções de R$ 17 bilhões em 2022
A transparência é um princípio fundamental da administração pública, mas vem sendo ignorada pelo governo Ratinho Jr. Para obter informações sobre as isenções fiscais de R$ 17 bilhões concedidas em 2022, deputados(as) da oposição foram obrigados a pedir ao Ministério Público do Paraná nesta terça-feira (10) que apure os “incentivos” do programa Paraná Competitivo.
A APP denuncia que, enquanto ataca direitos dos educadores(as), o governo Ratinho Jr acumula superávits e entrega bilhões a empresários(as). Em 2021, o Estado registrou um superávit de R$ 7,2 bilhões, o que demonstra que há recursos para cumprir a Data-Base e adequar a remuneração dos(as) servidores(as) públicos(as).
O funcionalismo acumula defasagem salarial de 34%, o que ameaça o bem estar de suas famílias. Depois de seis anos sem receber a data-base, a perda de poder aquisitivo equivale a 4,5 remunerações por ano, ou seja, das 13,33 remunerações nominalmente recebidas, o(a) servidor(a) leva efetivamente 8,83 remunerações.