Boletim da APP – 13/08/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
APP-Sindicato recorre o Ministério Público para garantir que as escolas não sejam áreas de contaminação
Direção estadual vem recebendo denuncias de falta de condições de cuidados com higiene e problemas com EPIs, o que coloca em risco a saúde de educadores(as) e estudantes
Representantes da APP-Sindicato estiveram na manhã da última quinta-feira (12), na sede do Ministério Público (MP-PR) para uma reunião que tratou da biossegurança das escolas públicas da rede estadual. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, a vice-presidente da CNTE, professora Marlei Fernandes de Carvalho e o assessor jurídico Ludimar Rafanhim, foram recebidos por um colegiado de procuradores representando as áreas de saúde pública, educação e direitos humanos.
O Sindicato apresentou dados sobre as denuncias que tem recebido sobre a falta de máscaras adequadas para professores(as) e funcionários(as); a insuficiência ou baixa qualidade dos equipamentos especiais os(as) agentes educacionais que atuam na higienização dos ambientes coletivos, bem como a falta de funcionários e funcionárias para higienização dos espaços e também sobre a testagem de estudantes. “Estamos diante de questões muito sérias e buscamos a intervenção do Ministério para garantir a segurança dos estudantes e profissionais da educação”, afirma o presidente da APP.
Direção estadual da APP-Sindicato busca respostas para pauta da categoria
Encontro tratou da biossegurança na volta às aulas presenciais, pagamento de progressões e promoções, nova etapa do PDE e contratação de professores(as), entre outros temas
O pagamento de progressões e promoções, uma nova etapa do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e a contratação de mais professores(as) PSS foram um dos principais temas de reunião na tarde da última quarta-feira (11) entre dirigentes da APP-Sindicato e da Secretaria da Educação do Paraná. A segurança na volta às aulas presenciais e as mudanças no ensino médio também foram discutidos no encontro, que teve a participação do secretário Renato Feder. “A reunião foi uma retomada importante dos temas centrais de nossa extensa pauta de reivindicações”, avalia o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão.
A equipe da Seed informou que as progressões e promoções atrasadas de 2019 e 2020 começarão a ser pagas em setembro. Os pagamentos retroativos e o das progressões e promoções de 2021 estão em fase de definição.
Após terceirizações, faltam agentes educacionais nas escolas do Paraná
APP-Sindicato questiona governo sobre promessa de novas contratações. Para onde está indo o dinheiro empregado nas terceirizações?
Imagine uma escola onde o governo demitiu os(as) poucos(as) funcionários(as) que haviam com a desculpa que, ao invés de concurso ou contratos temporários, designaria algumas empresas para que essas fizessem a contratação de pessoal. Na lógica do governo Ratinho Jr., as terceirizações ofereceriam mais qualidade educacional e custaria menos dinheiro ao governo. Após a licitação e contratação das tais terceirizadas, os(as) funcionários(as) demitidos(as) não foram substituídos(as), mas o dinheiro está saindo dos cofres públicos. Parece um cenário absurdo e sem nenhuma lógica, mas é o que tem acontecido no Paraná.
Os relatos de falta de agentes educacionais I e II não param de chegar à direção estadual da APP-Sindicato. A situação ficou ainda mais evidente com a convocação para o retorno presencial. Muitas escolas não estão dando conta de manter as salas de aulas limpas. “Nós estamos recebendo denuncias de direções escolares, de secretárias e secretários de escola dizendo que estão com falta de funcionários para fazer o serviço básico nas escolas para garantir o protocolo de biossegurança nas escolas. Isso é muito grave. São muitas, mas muitas denuncias mesmo”, comenta a secretária de Funcionários(as) da APP-Sindicato, Nádia Brixner. “É tão grave e é de conhecimento da Seed, tanto que em Maringá, o Núcleo Regional de Educação está remanejando até os funcionários QFEB para dar conta de minimamente dar conta do trabalho nas escolas. Os funcionários estão com medo e estão sobrecarregados”, salienta Nádia.
Terceirização nas escolas custa mais caro e prejudica atendimentos aos(às) estudantes
Denúncia foi feita pelo presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, durante ato dos(as) educadores(as) em Curitiba
O Governo Ratinho Jr está gastando mais para oferecer um serviço pior aos estudantes da rede pública estadual. As 13 empresas contratadas para terceirizar a mão-de-obra dos(as) funcionários(as) de escola reduziram o número de trabalhadores(as) de 9.700 para menos de 8 mil, causando desemprego e prejudicando os serviços aos(às) alunos(as). A denúncia foi feita pelo presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, na tarde de terça-feira(10), durante ato no Centro Cívico de Curitiba pelo fim da terceirização, em defesa da vida e dos salários, pelo retorno às aulas presenciais com segurança e com vacina para todos(as).
Leão apontou que há falta de funcionários(as) nas escolas, o que inviabiliza as medidas do protocolo de segurança contra a disseminação do coronavírus. “O governo havia anunciado que a terceirização seria para a eficiência e para uma maior qualidade no serviço público, mas fica claro nos primeiros meses que a terceirização é um verdadeiro desastre, porque precarizou o trabalho e está gastando muito mais do nosso dinheiro público para favorecer empresários”, afirmou. Segundo ele, algumas das empresas contratadas sequer têm locais próprios para atender os(as) trabalhadores(as) contratados(as), utilizando para isso a estrutura dos Núcleos Regionais de Educação.
Ministro da Educação defende universidade ‘para poucos’: “Tem muito engenheiro dirigindo Uber”
Milton Ribeiro também criticou reitores de universidades e disse que 'maus professores' atrapalham a volta às aulas
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que as universidades deveriam ser ‘para poucos’. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Sem Censura, veiculado pela TV Brasil.
Questionado sobre como vê o papel dos institutos federais no País defendeu que eles serão a ‘grande vedete no futuro’. “Acho que os institutos federais serão a grande vedete no futuro. Tem muito engenheiro, advogado, dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, declarou.
Ainda durante a entrevista, sobre as políticas de cotas, o ministro afirmou que o País já conseguiu modificar a realidade de que só ‘filhinho de papai’ estudava em universidade pública.
“Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos ‘filhinhos de papai’ que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados.”