Boletim da APP – 14/05/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Ratinho Junior ignora pandemia e não apresenta justificativa para retorno das aulas. Sindicato mantém greve pela vida
Reunião na quarta-feira (12) com a Secretaria da Educação tratou de outros temas, como eleição dos diretores(as) de escolas e o modelo e processo de terceirização na rede pública estadual
A APP-Sindicato reafirmou à Secretaria de Educação do Paraná que é contra a volta às aulas presenciais nesse momento da pandemia de Covid 19 e comunicou que vai acionar judicialmente os responsáveis quando surgirem focos de contaminação nas escolas da rede pública estadual. Durante reunião remota na tarde desta quarta-feira (12), ficou nítido que a Secretaria desconsidera critérios epidemiológicos na definição da volta às aulas presenciais, priorizando apenas medidas localizadas nas escolas, como distanciamento entre as pessoas e disponibilização de álcool gel. Na reunião foram tratados outros temas, como a eleição de diretores de escolas e a reposição de faltas para quem participou da mobilização do dia 29 de abril e está na Greve pela Vida desde 10 de maio.
Apesar de notificado, Governo Ratinho ignora greve da educação no Paraná e segue colocando população em risco
Documento protocolado inclui estudo epidemiológico que demonstra a impossibilidade de volta às aulas presenciais nesse momento no Paraná
A APP-Sindicato aguarda convocação do Governo do Paraná para mesa de negociação da pauta de reivindicações do movimento grevista gradual iniciado no dia 10 de maio, paralelamente à volta às aulas presenciais na rede pública estadual. A comunicação oficial da greve e o pedido de abertura de negociações foram formalizados na semana passada. O documento protocolado inclui estudo epidemiológico que demonstra a impossibilidade de volta às aulas presenciais nesse momento no Paraná. “Pontuamos os riscos do retorno das aulas presenciais (modelo híbrido) neste momento da pandemia. Defendemos o retorno presencial, mas é necessário um ambiente seguro para a categoria, estudantes e comunidade escolar. Não se pode negar os riscos da pandemia e colocar a vida de professores(as), funcionários(as) de escola e estudantes em perigo. Nossa contrariedade é quanto à forma como está sendo feito este processo, pois a categoria não pode estar nas escolas presencialmente sem ter tomado as duas doses da vacina”, diz o documento.
Combater o racismo é também lutar pela garantia da vida e do trabalho durante a pandemia
Neste dia 13 de maio, em que é celebrado o Dia de Luta e Resistência ao Racismo, é necessário lutar contra a política genocida que ataca a população preta brasileira
Diante do grave quadro da pandemia que o Brasil enfrenta e com a falta de políticas públicas voltadas para a população negra e trabalhadora, o dia 13 de maio ecoa com um grito latente por respeito aos(às) brasileiros(as). A data que rememora a luta da população negra, tornou-se um dia de resistência para o movimento negro e salienta a necessidade da luta por equidade e melhores condições, principalmente a da vida neste momento de crise.
“Prazo de validade do governo” explica a pressa para transferir o máximo de recursos para os bancos no menor tempo
A regra é: diminuir o Estado, privatizar e usar o dinheiro das privatizações para pagar as dívidas com bancos
Pense na seguinte situação: um comerciante é eleito vereador na sua cidade. No meio do mandato, há a oportunidade desse vereador aprovar um projeto de lei que, por “coincidência”, irá beneficiar o ramo de atuação do seu comércio.
Sabendo que o mandato é temporário e que um dia ele irá voltar para sua atividade comercial, o novo vereador força a aprovação desse projeto. Mesmo sem bons argumentos, muita gente influente concorda com a sua aprovação.
Passados os quatro anos de mandato, o agora ex-vereador está de volta ao seu ramo de atuação comercial e pode aproveitar, já que seus negócios foram favorecidos pela legislação. Agora ele ganhará muito dinheiro.
Nessa situação hipotética, foi possível ver como interesses particulares e interesses públicos foram confundidos.
Esta prática está presente no Governo Federal e, aliás, parece ser uma das principais motivações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que causa prejuízos milionários para o Estado brasileiro e trata o setor público como balcão de negócios da iniciativa privada.
Como veio do sistema financeiro (foi banqueiro por mais de 25 anos), Guedes representa os interesses do mercado financeiro, e quer usar o tempo que tem no governo para destinar o máximo possível de recursos para a própria área de atuação.
Por isso, todas suas metas (privatizações, propostas de emenda constitucional e outras medidas econômicas) sempre têm como pano de fundo destinar mais recursos para o pagamento da tal “dívida pública” (nunca auditada, que consome quase metade o orçamento do governo e, mesmo assim, não para de crescer).
A regra é: diminuir o Estado, privatizar e usar o dinheiro das privatizações para pagar as dívidas com bancos, para onde Paulo Guedes provavelmente voltará após o governo Bolsonaro.