Boletim da APP – 16/04/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
“Profissionais estão esgotados”, denuncia APP-Sindicato em reunião na Seed
Na pauta estiveram a terceirização dos/as funcionários/as de escolas, a reorganização das aulas remotas e a mudança no cálculo da jornada de trabalho nas escolas de educação especial
A terceirização dos trabalhos dos servidores(as) PSS, a reorganização das aulas remotas e a redistribuição de aulas em escolas de educação especial foram temas de reunião da APP-Sindicato com a nova diretora geral da Secretaria Estadual da Educação, Fércea Maciel. “Tratamos de temas centrais e manifestamos nossa contrariedade com a terceirização em andamento, que é uma medida que precariza e superexplora o trabalho e está sendo questionada na Justiça”, avalia o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.
A APP-Sindicato apontou na reunião que a Secretaria de Educação tem privilegiado os aspectos administrativos em detrimento dos pedagógicos, o que tem levado a retrocessos da Educação e a muito desgaste de alunos e professores. Uma das reivindicações apresentadas é a mudança no critério para validação das aulas, que hoje devem ocorrer unicamente na plataforma GoogleMeet, ter duração de 40 minutos contínuos e com câmeras de vídeo abertas em seus dispositivos eletrônicos. A diretora geral da Secretaria se comprometeu a avaliar o pedido.
Governo Ratinho Jr muda a jornada de trabalho dos(as) professores(as) da educação especial
Mudança imposta em pleno andamento do ano letivo ameaça professores(as) e estudantes
A inclusão dos(as) professores(as) da educação especial na jornada de trabalho calculada com base na hora-relógio é a mais recente crueldade da Secretaria da Educação do Paraná. A medida já está valendo e ameaça professores(as) e estudantes da modalidade. Com ela, esses(as) professores(as) passam a receber uma aula extraordinária a cada 20 aulas ministradas, e não mais cinco aulas extraordinárias, como acontece hoje. Não bastasse a injustiça da mudança, ela acontece com o ano letivo em andamento, aumentando os prejuízos para professores(as) e estudantes.
Deputados(as) cobram retorno de aulas de Filosofia, Arte e Sociologia
Na proposta, deputados(as) cobram revogação da Instrução Normativa Conjunta nº 011/2020 que reduziu a carga horária de disciplinas de humanas
Na última segunda-feira (12), deputados(as) estaduais apresentaram um projeto de decreto na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para suspender a Instrução Normativa Conjunta nº 011/2020 que altera a matriz curricular reduzindo o número de aulas das disciplinas de Filosofia, Arte e Sociologia no Ensino Médio. O projeto, que foi construído juntamente com o Coletivo Humanidades, foi apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT) e foi protocolado na Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania.
Além de Tadeu Veneri, assinaram a proposta os (as) deputados(as) Professor Lemos (PT), Goura (PDT), Luciana Rafagnin (PT) e Requião Filho (MDB) que apontam que Matriz Curricular do Ensino Médio da Rede Estadual foi alterada pela Secretaria de Estado da Educação em desconformidade com as normas do Sistema Estadual de Ensino e todas as instituições envolvidas estão oferecendo um ensino que não tem validade.
‘Peguei covid na volta às aulas presenciais’: os riscos para professores na pandemia
Sou professora da Educação Infantil (para alunos de até cinco anos de idade). Parte de mim foi trabalhar (presencialmente) morrendo de medo e pensando: é questão de tempo até eu pegar (o novo coronavírus)… São muitas turmas, muitas chances diferentes todos os dias”, escreveu Luiza* em mensagem à BBC News Brasil no Instagram.
Após retornar à escola, no mês passado, Luiza, que é professora de inglês em João Pessoa (PB), contraiu o novo coronavírus. “Peguei covid-19 na segunda semana de aulas (presenciais)”, relatou na mensagem. A situação trouxe revolta para ela, que diz ter tomado muito cuidado para evitar a infecção pelo coronavírus desde o início da pandemia. Para Luiza, não há dúvidas de que foi infectada no trabalho. “Outros cinco professores da escola também pegaram o vírus no mesmo período.”
A situação de angústia relatada por Luiza diante das aulas presenciais no atual período tem sido um sentimento comum entre trabalhadores da educação de todo o país nas últimas semanas. Enquanto o Brasil enfrenta a sua pior fase de covid-19 desde o início da pandemia, com sucessivos recordes de mortes, diversas escolas públicas e particulares retomaram o ensino nas unidades físicas.
Estudo epidemiológico recomenda manter restrições e veta retorno às aulas presenciais em Curitiba
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia lançam segunda Nota Técnica sobre a epidemia de Covid 19 na Capital
Manter por mais 15 dias as restrições de atividades e só retomar as aulas presenciais quando 70% da população estiverem vacinados. Essas são as principais recomendações da segunda Nota Técnica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) sobre a epidemia de Covid19 em Curitiba. Os pesquisadores(as) aprimoraram o modelo computacional utilizado, que agora passa a considerar também as reinfecções pelo coronavírus. “As recomendações do não-retorno às aulas presenciais ou híbridas são mantidas”, registra a Nota, que atualiza para 35 a média de mortes diárias previstas pelo modelo para abril na Capital.