Boletim da APP – 17/11/23
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Reportagem do Plural escancara farsa do Ideb de escolas cívico-militares
Extinção do ensino noturno exclui jovens trabalhadores(as) e eleva índices de frequência e aprovação, que impactam no indicador
Em reportagem publicada nesta quinta-feira (16), o Plural analisa a evolução do Ideb das escolas estaduais no Paraná desde 2015, bem como dados do censo escolar, e conclui: o aumento registrado na rede em 2021 foi impulsionado pela extinção de 76,8 mil vagas do ensino noturno.
O raciocínio é lógico. A modalidade, que atende jovens trabalhadores(as) e que enfrentam mais dificuldades para concluir os estudos, registra índices menores de frequência e aprovação. A realidade deste público também afeta o desempenho no Saeb. Todos estes indicadores impactam no Ideb.
:: Leia a íntegra da reportagem do Plural
Quando uma escola estadual é militarizada, o ensino noturno é extinto. Portanto, a alta no Ideb se deve ao abandono de estudantes e do dever do Estado de assegurar o acesso à educação.
Escola Não é Quartel: 7 motivos para dizer não às escolas cívico-militares
Sem apresentar qualquer resultado positivo da experiência, governo aposta no modelo falido e autoritário de escolas cívico-militares
A APP e seus Núcleos Sindicais se mobilizam para barrar o avanço da militarização de escolas no Paraná. O governo estadual planeja militarizar mais 200 colégios no ano que vem. As consultas às comunidades escolares estão sendo feitas de maneira apressada, prejudicando o debate democrático.
Escola pública é local para aprender e ensinar, com professores(as) e funcionários(as) valorizados(as), liberdade de expressão e qualidade de ensino, não para sustentar militar, defende a APP.
A escola pública não precisa de militar ganhando mais que professor(a), para falsamente cumprir um papel que é do(a) educador(a). O problema de nossas escolas é a falta de funcionários(as), professores(as) e pedagogos(as), não de militares.
Concurso público: Estado convoca aprovados(as) para a etapa de avaliação médica
Convocados(as) devem enviar toda a documentação via Eprotocolo - sistema de protocolo online do Estado - até as 17h59 do dia 04/12/23
Um dia após a divulgação do resultado final do concurso para professores(as) e pedagogos(as) da rede estadual do Paraná, o Departamento de Recursos Humanos e Previdência efetuou a convocação dos(as) aprovados(as) para avaliação médica.
O edital foi publicado no início da noite de terça (14).
Os(as) educadores(as) que ingressarão na rede estadual devem enviar toda a documentação via Eprotocolo – sistema de protocolo online do Estado – até as 17h59 do dia 04/12/23.
Segundo a Seed, a intenção é preencher as 1.256 vagas e, já de imediato, ampliar e convocar novos(as) aprovados(as) também para posse em janeiro.
Diretor-geral da Seed confirma meta de aprovar reestruturação da carreira QFEB ainda em 2023; implantação será no próximo ano
Dar celeridade à proposta de reestruturação da carreira QFEB com o objetivo de aprová-la na Assembleia Legislativa ainda neste ano. Segundo o novo diretor-geral da Seed, João Luiz Giona Junior, esta é uma das metas prioritárias definidas pelo secretário Roni Miranda.
Na manhã desta sexta-feira (10), a direção estadual da APP realizou a sua primeira reunião com o diretor, que assumiu o posto no lugar de Louise Löw. A valorização dos(as) agentes educacionais esteve no centro da pauta levada pelo Sindicato.
Audiência pública debate 20 anos da Lei 10.639, que insere a história afrobrasileira na educação pública
No próximo dia 20 de novembro, a Comissão de Igualdade Racial da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realiza uma audiência pública para debater ações de combate ao racismo na educação. O encontro será realizado no plenarinho da Alep, com início às 18h.
Convocada pelo deputado estadual Renato Freitas (PT), a audiência tem o objetivo de debater como a educação pública paranaense pode fortalecer a implementação da Lei nº 10.639/03. Importante instrumento na promoção da igualdade racial na educação e da justiça social, a lei completa 20 anos em 2023.
Vale lembrar que a Assembleia paranaense foi a primeira casa legislativa do país a instaurar uma comissão de Igualdade Racial. A formalização foi feita no dia 1º de março deste ano e coincidiu ainda com o Dia Mundial de Zero Discriminação.