Boletim da APP – 18/10/24
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Dia do(a) Professor(a) é celebrado nesta terça-feira (15), mas os(as) educadores(as) do Paraná continuam sem motivos para comemorar
A data é de reflexão sobre os ataques que a categoria tem sofrido nos últimos anos, com arrocho salarial, excesso de trabalho e imposição de metas
O Dia do(a) Professor(a) é comemorado nesta terça-feira (15), mais uma vez sem que os(as) educadores(as) do Paraná tenham motivo para festa. A data é de reflexão sobre os ataques que a categoria tem sofrido nos últimos anos, com arrocho salarial, excesso de trabalho, imposição de metas no uso de plataformas digitais e ameaças de privatização de escolas.
A presença de educadores(as) nas escolas neste 15 de outubro (o recesso foi antecipado para o dia 14) favorece o debate sobre os desafios e as pautas da categoria no próximo período. Como declarou em setembro deste ano a presidenta da APP, Walkiria Mazeto, o momento histórico exige união e coragem para reagir aos ataques do governo Ratinho Jr à educação pública.
Circuito Infernal | Reflexões para o Dia do Professor e da Professora
Artigo de Cláudia Gruber e sua percepção literária e de experiências nas escolas públicas do Paraná
Há certos textos que muitos de nós, professores e professoras, já nos deparamos alguma vez com eles na escola. O impacto que alguns desses textos nos causam é tão grande que ficamos presos somente neles. Sem saber mais acerca de quem os escreveu ou quando os escreveu, qual era o contexto em que as obras nasceram.
Circuito Fechado é um desses textos. Vamos relembrar brevemente seu início: Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. […]
Escrito em 1972, por Ricardo Ramos, este conto faz parte do livro homônimo do autor. Para quem não conhece Ricardo Ramos, ele era formado em Direito, mas foi um homem da propaganda, professor de comunicação, jornalista e escritor em São Paulo.
Sindicatos de todo país enfrentam avanço de políticas que atacam a educação pública
Vanguarda do atraso, o Paraná exportou políticas que acentuam o desmonte da educação pública
Com governos estaduais e municipais ocupados por políticos alinhados à políticas neoliberais privatistas e que enxergam os(as) educadores(as) como inimigos(as) número um e a educação como balcão de negócios, sindicatos de todo o país travam uma grande batalha para evitar que o pior aconteça: a educação vire mercadoria.
Na vanguarda do atraso, o Paraná tem exportado o mau exemplo de gestão pública, entregando parte das escolas para empresários e militarizando outra.
Como última ação, o governador bolsonarista Ratinho Jr (PSD), junto de deputados da base aliada aprovaram em junho deste ano a expansão da privatização, entregando 175 escolas das 2.100 do estado do Paraná para a iniciativa privada. Intitulado Parceiro da Escola, o projeto foi aprovado sob protesto dos(as) educadores(as), que assim como estudantes e a comunidade escolar, não foram incluídos nos debates.
Servidores(as) têm resultado positivo: SAS de Maringá terá novo hospital conveniado
Contrato com o Hospital Metropolitano foi rompido e atendimentos passarão a ser feitos no Hospital Bom Samaritano a partir do dia 1º de novembro
A partir do dia 1º de novembro, os(as) servidores(as) estaduais de Maringá e região terão um novo hospital de referência para atendimentos do Sistema de Assistência à Saúde (SAS). Os atendimentos serão feitos no Hospital Bom Samaritano, localizado na Avenida Independência, 93.
“Finalmente temos a solução para os problemas do SAS em Maringá, depois de muitas denúncias e cobranças por parte dos servidores e servidoras”, diz Tereza Lemos, secretária da Saúde e Previdência da APP.
Estudantes do ensino médio na rede pública são selecionados(as) para participar de evento científico antirracista na UFPR
“A seleção desses projetos atesta a qualidade da educação oferecida na escola pública”, diz Maritana Drescher da Cruz, professora do Colégio Estadual Abraham Lincoln, em Colombo
Criar conhecimento e estimular o pensamento crítico é uma das marcas do Colégio Estadual Presidente Abraham Lincoln, em Colombo. A luta diária para construir uma educação antirracista terá um momento especial na quinta-feira (17), quando quatro trabalhos de estudantes do colégio serão apresentados no V Seminário ErêYá – Intelectualidades Negras, que acontecerá na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.
“A seleção desses projetos atesta a qualidade da educação oferecida na escola pública. Meus alunos e alunas são frutos de uma educação pública que, mesmo diante de desafios, promove um ensino de excelência”, diz Maritana Drescher da Cruz, professora de História que coordena os sete estudantes que vão apresentar os quatro trabalhos.