Boletim da APP – 20/11/20
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Professores(as) e funcionários(as) completam 24 horas de greve de fome
APP-Sindicato monitora as condições de saúde dos(as) grevistas
Após 24 horas de greve de fome, a APP-Sindicato monitora as condições de saúde dos(as) grevistas. Segundo a direção da entidade, foi disponibilizado uma unidade móvel de atendimento, com socorristas, para que a integridade dos(as) trabalhadores(as) em jejum seja monitorada.
Ainda de acordo com o Sindicato, estudantes, pessoas do grupo de risco (hipertensos, diabéticos e outras comorbidades) foram dispensadas da greve para que pudessem cuidar de sua condição. No momento, 29 educadores(as) continuam resistindo até que o governador Ratinho revogue a prova para o Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Atualização (20/11 às 17h):
COMUNICADO: Atendendo pedido da procurador do Estado, Roberto Altheim, o juiz substituto, Fábio Luiz Decoussau Machado, determinou a saída dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escolas que estão há quase 30 horas em greve de fome na porta do Palácio Iguaçu. A direção da APP-Sindicato recorrerá da decisão.
Educadores(as) do Brasil se indignam com a tirania do Governo do Paraná
Educadores(as) solidarizam com o movimento de resistência dos(as) que sempre se insurgirão. Contra a opressão!
É muito comum a confusão que se faz, não raro deliberadamente, da reação do oprimido com a violência do opressor. Esse é o caso do movimento que ocorre agora em Curitiba que, mobilizados em torno dos/as professores/as e dos/as funcionários/as da educação do Estado, se viram compelidos, como último recurso, a ocupar a Assembleia Legislativa do Estado (ALEP) e instalar uma greve de fome na porta do Palácio Iguaçu.
Bertold Brecht já nos alertava que “do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. A sequencia dos fatos despóticos, levados a cabo pelo Governador Ratinho Júnior e seu Secretário de Educação Renato Feder, transformou o Estado do Paraná em uma verdadeira tirania. O sorrateiro processo de militarização das escolas no Estado, anunciado de supetão pelo Governo, que terminou por culminar no fechamento do turno da noite de várias escolas, junto com o recente anúncio de uma prova de concurso para professores temporários, no meio da pandemia, que reunirá no certame cerca de 90 mil candidatos, foi o estopim para os/as trabalhadores/as em educação do Estado.
Já era de conhecimento público a aversão do atual governo estadual pelas boas práticas de diálogo social. Nada do que ocorreu foi feito se ouvindo os/as professores/as e funcionários/as de escola. A tirania é a marca de um governo que a história varrerá para a lata de lixo!
Educadores(as) cobram respeito e denunciam ações autoritárias de Ratinho e Feder
Após caminhada, trabalhadores(as) da educação aguardam reunião com o governo
Trabalhadores(as) da educação, comunidade escolar e indígena, junto da APP-Sindicato, promoveram um ato protocolado durante a manhã de terça-feira (17) para denunciar os ataques do governo Ratinho Jr contra a educação pública. Na ocasião, os(as) manifestantes cobraram respeito aos(às) Professores(as) e Funcionários(as) contratados(as) pelo regime do Processo Seletivo Simplificado (PSS) e que o governador atenda às demais demandas da categoria. Durante o ato, medidas sanitárias foram adotadas para preservar a segurança dos(as) participantes.
Primeira vereadora negra de Curitiba é professora e o mais votado de Colombo é funcionário de escola
Participação de profissionais da educação pública nas eleições promove debates e conquista vitórias importantes
Profissionais da rede pública estadual foram destaque nas eleições municipais deste ano. Na capital paranaense, a professora PSS, Carol Dartora (PT), se tornou a primeira mulher negra eleita para a Câmara Municipal de Curitiba. Em Colombo, o funcionário de escola, Anderson Prego (PT), foi o candidato a vereador mais votado do município. Em Guarapuava, Professora Terezinha (PT) foi a mulher eleita com mais votos.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, comemorou os resultados e parabenizou os(as) candidatos(as). “É muito importante que profissionais da educação com consciência política participem deste espaço de poder e de luta política para que, a partir dos municípios, direitos como da educação pública, da assistência social e da saúde pública sejam de fato garantidos”.
APP contra retorno às aulas e dados da Covid-19 são confirmados pela Sesa
Aulas presenciais colocam em risco a vida da comunidade escolar
Diga não às aulas presenciais! A defesa da APP-Sindicato se fortalece pelo não retorno em 2020 na rede pública e municipal, com foco principal na saúde de todos(as) os(as) envolvidos(as). Inclusive, notícias recentes divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) só confirmam a defesa do Sindicato.
O Governo do Estado cogitou no mês passado o retorno às atividades presenciais nas escolas. Porém, pela nota emitida pela Sesa, a orientação é pela impossibilidade das aulas presenciais, diante do que chamou de “aumento significativo” de casos de Covid-19 no Paraná.