Boletim da APP – 21/07/23
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
APP provoca debate sobre a plataformização da educação e campanha salarial nos Dias Pedagógicos
Os(as) dirigentes reforçam, nas escolas, a importância da mobilização da categoria para a luta salarial
A APP-Sindicato deu início, na quinta-feira (20), à jornada de diálogo e mobilização da categoria para as lutas deste segundo semestre. Dirigentes estaduais e regionais estiveram em dezenas de escolas em todo o estado na abertura dos Dias Pedagógicos.
Além de desejar um bom retorno pós-recesso, a intenção é refletir sobre os desafios da escola pública, sanar dúvidas dos(as) educadores(as) e realizar um balanço da campanha salarial e dos próximos passos da luta pela valorização profissional de professores(as) e funcionários(as) de escola.
Para apoiar o debate, o Sindicato preparou uma edição pedagógica especial do jornal 30 de Agosto, que traz as tabelas salariais, um resumo dos índices de recomposição conquistados neste ano e um convite à reflexão sobre as plataformas tecnológicas impostas pelo governo na rede estadual de educação.
>> Acesse a Edição Pedagógica aqui <<
“Precisamos discutir o quanto a imposição destas tecnologias está impactando nas nossas condições de trabalho, na sobrecarga, no adoecimento, na nossa autonomia profissional e que resultados de fato elas trazem para a aprendizagem dos estudantes”, explica Vanda Santana, secretária Educacional da APP.
Alerta: golpe contra educadores(as) mira beneficiados(as) pela ação CLT
A APP reforça que não envia mensagens de Whatsapp informando liberação de valores nem cobra pagamentos
Educadores(as) sindicalizados(as) à APP estão sendo vítimas de mais uma tentativa de golpe. Com documentos forjados e usando o nome de advogados(as) e juízes reais, os estelionatários estão contatando quem ingressou com a Ação CLT para “solicitar o recolhimento de alvarás de liberação”. Trata-se de uma guia falsa e quem efetuar o pagamento estará perdendo dinheiro.
Decreto revoga programa nacional das escolas cívico-militares e Ministério Público reconhece irregularidades no PR
Luta continua contra programa estadual baseado em cultura repressiva e que promove desvalorização do magistério
O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (21) o decreto que revoga definitivamente o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Apesar de não ter efeito direto sobre o programa do Paraná, a APP avalia que a decisão fortalece a luta que o Sindicato faz contra as irregularidades do modelo imposto no estado.
“Esse decreto não acaba com a lei aprovada no Paraná, mas é um passo importante para a nulidade dessas leis em cada estado”, afirma Marlei Fernandes, secretária de Assuntos Jurídicos da APP.
Incidência de bullying nas escolas do Paraná fica acima da média nacional
Números divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública reforçam que a questão da violência no ambiente escolar não pode ser vista apenas sob a ótica policial
Dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na manhã de quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que a percepção de violência por professores(as) e diretores(as) registra níveis alarmantes. No Paraná, o percentual de escolas com registros de bullying, ameaças ou ofensas verbais em 2021 foi de 47,3%. O índice ficou 10% acima da média nacional.
Os dados foram extraídos de um questionário respondido pelos(as) diretores(as) dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio para a Prova Brasil 2021, avaliação aplicada pelo Ministério da Educação. O estudo do Fórum ressalta a complexidade do problema e faz um alerta sobre os impactos da violência nas trajetórias pessoais e profissionais de milhares de estudantes, professores(as) e funcionários(as).
PF pede ao STF investigação contra Eduardo Bolsonaro por ataque a professores(as)
Deputado comparou professores(as) à traficantes de drogas durante discurso em evento pró-armas
Em resposta ao pedido do Ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por um discurso em que comparou professores(as) à traficantes de drogas e estimulou a fiscalização da atuação docente.
De acordo com a reportagem de Aguirre Talento, do portal Uol, o pedido tem que ser autorizado pelo STF, já que Eduardo tem foro privilegiado.
A matéria aponta ainda, que a PF deverá definir quais crimes o parlamentar é suspeito de ter cometido no episódio, a partir da análise dos fatos. Uma das hipóteses é a de incitação ao crime, por estimular violência contra os(as) professores(as).
A fala do deputado foi proferida durante um ato pró-armamentista realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no último dia 9.