Boletim da APP – 26/04/24
APP-Sindicato e seus 77 anos: luta por valorização profissional idealizando que outra educação é possível
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)
Mais do que defender os(as) educadores(as) e a educação pública, a APP-Sindicato é referência nos seus 77 anos pelas lutas sociais mais amplas, como a defesa da democracia, do Estado de Direito e contra todas as formas de discriminação.
A defesa da educação pública, de qualidade e laica, é a balizadora para celebrarmos mais um ano dessa longa caminhada histórica.
A comemoração acontece num momento difícil para os(as) trabalhadores(as) da educação que enfrentam um cenário de luta por valorização e melhores condições de trabalho, por isso torna-se fundamental a organização da categoria para a continuidade de uma educação efetivamente valorizada.
A luta é contínua contra a precarização, a terceirização, as escolas militares e muitos outros ataques sistemáticos à carreira. “Vivemos um período duro. É o descaso do governo com a educação pública e com a vida dos(as) educadores(as)”, destaca Walkiria Mazeto, presidenta da APP.
Memória viva: histórias que não envelhecem nos 77 anos da APP-Sindicato
APP apresenta no seu aniversário histórias de educadores(as) que participaram de vários capítulos do Sindicato; "Histórias que não se aposentaram"!
O aniversário é da APP-Sindicato e quem ganha presente é a história de luta e vida da educação pública paranaense. São 77 anos de defesa e atuação pelos(as) educadores(as) – professores(as) e funcionários(as) – e sua valorização.
Neste ano, a APP trouxe uma participação especial dos(as) educadores(as) que foram (e são) presentes, desde o início dessa história. São relatos pessoais e peculiares vindos do passado para o ano de 2024.
Apresentamos o projeto “Memória viva: histórias que não envelhecem”.
A secretária de Aposentados(as), Maria Adelaide Mazza Correia, contextualiza a ideia: revirando o baú, em 2012, surgiu um projeto chamado “Histórias que não se aposentaram”, idealizado pela então secretária de Aposentados(as), Tomiko Kiyoku Falleiros. A proposta consistia na coleta de histórias diversas sobre a categoria que, após seleção e organização, iriam se transformar em um livro.
Maria Adelaide, que também participa com uma narrativa, relembra um ocorrido de 1988, durante uma das ocupações da Assembleia Legislativa (Alep), quando o pessoal da casa deu cobertores com pó de vidro para os(as) ocupantes usarem.
O livro não saiu do papel, mas as histórias permaneceram e agora são apresentadas. Consulte aqui!
Maioria de professores(as) temporários(as) nas escolas é “ponto crítico”, aponta estudo
No Paraná, de 2013 a 2023 o número de professores(as) efetivos(as) caiu 18%, enquanto o de temporários(as) aumentou 15%
Foto: APP-Sindicato
O que era pra ser solução emergencial se tornou opção preferencial e as redes estaduais de ensino já têm mais professores(as) temporários(as) que efetivos(as). Este é um ponto crítico da educação, que deve ser revertido ao longo dos próximos anos, conclui estudo da ONG Todos Pela Educação divulgado nesta quinta-feira (25).
O levantamento aponta que em 2022, pela primeira vez, o total de professores(as) contratados(as) superou o de concursados(as) nas escolas estaduais brasileiras. Em 2023, as redes tinham 356 mil temporários (alta de 55% desde 2013), contra 321 mil efetivos (queda de 36% no mesmo período).
Paraná é o único estado do país que não respondeu questionário sobre educação antirracista
Situação denunciada por deputada federal ocorre um mês após Seed provocar escândalo nacional ao mandar recolher das escolas livro com temática antirracista
Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) - Foto: Arquivo / AEN
Um mês depois provocar escândalo nacional ao censurar um livro de literatura com temática antirracista, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed) volta a protagonizar mais uma controvérsia relacionada com o combate ao racismo. O estado é o único do país que ainda não respondeu o Diagnóstico Equidade.
A denúncia foi feita na terça-feira (23), pela deputada federal Carol Dartora (PT-PR). A parlamentar publicou em suas redes sociais que, após tomar conhecimento da situação, enviou um ofício ao secretário da Educação, Roni Miranda, cobrando explicações.
“É com profunda preocupação que constatamos a ausência de resposta da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, a única unidade federativa a não participar do levantamento até o momento. Além disso, apenas 55,4% dos municípios paranaenses contribuíram com o diagnóstico, um número significativamente abaixo da média nacional”, afirmou.
Jovens trabalhadores(as) da educação são chamados(as) a participar de pesquisa
Iniciativa lançada pela CNTE quer compreender perfil e condições de trabalho desses(as) educadores(as)
Foto: Hedeson Alves/SEED
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lançou nesta semana a pesquisa “Juventude trabalhadora em educação”. A iniciativa busca compreender o perfil e as condições de trabalho dos(as) professores(as) e funcionários(as) jovens que atuam nas escolas públicas brasileiras.
“Compreender a juventude hoje não é algo de curto prazo. Mas tê-los nos sindicatos é a garantia de que nos próximos 40 anos teremos lideranças em uma luta que não está fácil”, comenta o coordenador do Coletivo de Juventude da CNTE, Luiz Felipe Krehan.
A intenção é traçar o perfil desses(as) trabalhadores(as) em suas mais variadas formas de atuação, sejam professores(as), funcionários(as) de escolas, efetivos(as) ou contratados(as) por outros vínculos empregatícios.