Boletim da APP – 26/07/24
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Chega ao fim a mediação, proposta pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná entre APP Sindicato e Secretaria de Estado de Educação
Veja o resultado da conciliação com o governo do Paraná na mediação proposta pelo Tribunal de Justiça em relação aos efeitos da greve
A APP-Sindicato, após longo processo de debate, conciliou com o governo do Paraná na mediação proposta pelo Tribunal de Justiça em relação aos efeitos da greve dos(as) educadores(as) contra o projeto de lei do projeto Parceiro da Escola, que privatiza a gestão de pelo menos 204 escolas de rede pública estadual. Veja o resultado:
1 – As ausências nos dias 3, 4 e 5 de julho serão lançadas como “falta greve”, o que evita prejuízos na carreira e na vida funcional dos que participaram da greve. Com isso todos terão o direito de progressão e também dos valores relativos ao Ideb.
Quanto à reposição, o Estado do Paraná continua com seu posicionamento de não permitir a mesma e manterá os descontos. A APP requereu a mudança de posicionamento do Estado, uma vez que entende ser viável e possível ainda neste ano a reposição, bem como, entende que não foram dadas as aulas e os conteúdos aos alunos.
Neste sentido, continuaremos a luta política, em busca da reposição.
2 – Os(as) diretores(as) de escola afastados serão reconduzidos(as) aos cargos. Os(as) professores(as) formadores(as) afastados(as), por sua vez, não serão readmitidos(as), mesmo com todos os argumentos apresentados pela App, já que outros(as) já foram nomeados(as) em seus lugares. Recomendamos que aqueles que tiverem ainda interesse em voltar ao programa, procurem o atendimento da APP Sindicato, para análise do caso em específico.
3 – Professores(as) PSS, professores(as) efetivos(as) com aulas extraordinárias ou serviços extraordinários e os(as) QFEB não terão seus contratos rescindidos, nem sofrerão qualquer tipo de penalidade por participar da greve.
Seed publica edital PSS para professores(as) sem chamar todos(as) aprovados(as) em concurso e sem diálogo com a categoria
APP-Sindicato analisa o edital e estuda medidas que podem ser adotadas para cobrar o atendimento de reivindicações e direitos da categoria
Foto: Seed-PR
A direção estadual da APP-Sindicato tomou conhecimento, nesta quinta-feira (25), sobre a divulgação do Edital 73/2024 – GS/SEED para contratação de professores(as) através de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para o ano de 2025.
Para o secretário de Finanças da APP, Élio da Silva, a decisão da Secretaria da Educação (Seed) reitera o modelo intransigente e autoritário da gestão Ratinho Jr. e Roni Miranda, pois não atendeu o pedido feito pelo sindicato para que houvesse debate sobre os termos do edital antes da sua publicação oficial.
“Este novo edital trouxe mudanças. Agora o processo também é eliminatório, o que traz uma certa preocupação para a categoria. Além disso, somos contra a realização de prova para PSS. Temos milhares de educadores que foram aprovados no último concurso e estão aguardando serem chamados”, comenta.
Diante da situação, o dirigente informa que a APP está estudando o edital e analisando as medidas administrativas e jurídicas que podem ser adotadas para fazer valer as reivindicações e os direitos dos(as) educadores(as) paranaenses.
Dias de planejamento, aligeiramento e fragmentação das reflexões para a adequação aos descritores da Prova Paraná
Confira a nota da APP-Sindicato sobre a temática dos dias pedagógicos, 22 e 23 de julho
Nesta segunda-feira (22) e terça-feira (23), a rede pública estadual estará reunida para os dias de planejamento. A proposta da Secretaria da Educação (Seed) para os dois dias envolve reflexões sobre o bullying escolar, as relações entre a organização das salas de aula e a aprendizagem, a utilização de dados da Prova Paraná para o planejamento das aulas e das avaliações internas.
Temos apresentado a crítica de que a Seed, ao longo dos últimos 5 anos, tem insistido na sua política educacional de obtenção de melhores indicadores no IDEB. Toda a política educacional gira em torno desta premissa. A Prova Paraná foi uma das inventividades do governo Ratinho Jr. para treinar e adequar os(as) estudantes ao formato das avaliações externas. Ela é um dos instrumentos centrais da política. A ação pedagógica escolar, segundo a Seed, precisa estar orientada para este instrumento.
Entre um slide e outro proposto para os dias, aparecem frases saídas de manuais de coaching e uma mistura de conceitos complexos que vão desde a neurologia à utilização de descritores para as avaliações e estudos de caso. Tudo muito rápido e fragmentado. Não há tempo de aprofundamento, muito menos leitura e uma discussão mais sistemática e qualificada.
Uma das reflexões que aparecem como elementos de discussão está na adequação dos objetivos de aprendizagem aos descritores da Prova Paraná. Descritores são um rol de procedimentos que detalham aspectos a serem apreendidos pelos(as) estudantes para se “aferir” se houve ou não aprendizagem. Eles estão na base da pedagogia das competências, sendo uma forma de querer quantificar o que se aprende ou não. Avaliações externas, do tipo Prova Paraná, utilizam-se dos descritores exatamente com a finalidade de medir as aprendizagens.
Julho das Pretas: educação é pilar na luta contra a discriminação de raça e gênero
Principalmente na educação, heroínas que ficaram gravadas na história, intelectuais e ativistas negras são fundamentais para criar um vínculo entre o(a) aluno(a) e a memória
Foto: Nadia Nicolau / Midia NINJA
Celebrado no dia 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana Caribenha não traz à tona apenas o debate sobre raça, gênero e perspectivas para a redução da desigualdade existente no país, mas também, como as referências negras são importantes para essa discussão.
A data é uma oportunidade para jogar luz sobre o tema, já que os dados sobre a violência e desigualdade atingem diretamente a população negra, principalmente as mulheres. De acordo com a Associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas (54% da população) identificam-se como negras, porém, no Brasil são elas as que mais sofrem com a pobreza, falta de educação formal e emprego.
Casos de feminicídio em 2024 aumentam no Paraná e no Brasil em comparação ao ano passado
APP-Sindicato destaca a importância de abordar temas de prevenção no ambiente escolar
Dados revelam um retrocesso na segurança da mulher brasileira, destacando o Paraná como o segundo estado com mais casos de feminicídios consumados e tentados no país, ficando atrás somente do estado de São Paulo, de acordo com o Monitor elaborado pelo Laboratório de Estudos de Feminicídio (Lesfem) da Universidade Estadual de Londrina (UEL).