Boletim da APP – 27/06/25
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Governo Ratinho Jr. será denunciado na OIT por violações de direitos e adoecimento dos(as) educadores(as)
Pedido de investigação foi anunciado nesta segunda-feira (23), durante audiência pública preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador
Protesto em frente a Secretaria da Educação contra política de assédio e adoecimento nas escolas - Foto: Altvista / APP-Sindicato - Arquivo
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), poderá ser investigado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sob a acusação de violações de direitos trabalhistas, precarização das condições de trabalho e impacto severo na saúde e vida dos(as) profissionais da educação na rede pública estadual. É o que consta em uma denúncia anunciada nesta segunda-feira (23), durante audiência pública preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, realizada na Assembleia Legislativa.
“Quero agradecer as centrais sindicais que fazem a proposição nesta audiência de uma denúncia à OIT das condições de trabalho que nós estamos vivenciando aqui no Paraná. Porque todo mundo só olha números e não vê o que temos vivenciado. Lembrando que nós do serviço público não temos o Ministério do Trabalho que acione o Governo do Estado, então por isso recorremos às centrais sindicais e a este plenário para que nos ajudem nesta luta, para que nossos direitos sejam respeitados e que a gente tenha direito ao trabalho, mas também à nossa saúde e à nossa vida”, disse a presidenta da APP-Sindicato, presente à mesa de trabalhos do evento.
O documento é proposto pelas três principais centrais sindicais do país, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Elas pedem que a denúncia seja encaminhada à Comissão de Peritos em Aplicação de Convenções e Recomendações (CEACR) ou setor pertinente de queixas e denúncias da OIT. O cenário de adoecimento ocupacional generalizado, com mais de 8.900 professores(as) afastados(as) para tratamento de saúde mental, em 2024, e a morte de duas professoras em escolas da rede estadual, durante o expediente de trabalho, estão entre os fatos citados como justificativa do pedido de investigação.
Pesquisa contratada pela APP-Sindicato inicia fase de entrevistas com a categoria nesta quinta-feira (26)
Levantamento será feito por entrevistadores(as) do Instituto IPO, entre os dias 26 de junho e 21 de julho, exclusivamente por meio de ligação telefônica
Levantamento vai ouvir 300 pessoas exclusivamente por meio de ligação telefônica - Foto: Freepik
A APP-Sindicato inicia nesta quinta-feira (26) a realização de uma nova pesquisa de satisfação com professores(as) e funcionários(as) de escola que estão na ativa e aposentados(as). O objetivo é avaliar a percepção da categoria sobre o trabalho do sindicato, a atuação do governo estadual e as principais pautas de luta.
O levantamento será feito entre os dias 26 de junho e 21 de julho exclusivamente por meio de ligação telefônica. A coleta de dados será realizada por entrevistadores(as) do Instituto IPO, renomado instituto de pesquisa com sede em Porto Alegre, até atingir o número de 300 pessoas.
A secretária de Administração e Patrimônio da APP-Sindicato, Nádia Brixner, explica que o sindicato tem contratado pesquisas periodicamente para aprimorar suas ações, planejar novas estratégias e fortalecer a representação da categoria perante o governo e a sociedade.
WhatsApp da APP-Sindicato atende temporariamente pelo número 41 3026-9822 a partir desta segunda-feira (23)
O atendimento por ligação telefônica continua sendo realizado pelo número 41 2170-2500
Foto: Pixabay
O atendimento pelo WhatsApp da sede estadual da APP-Sindicato retornou nesta segunda-feira (23), mas temporariamente será realizado pelo número 41 3026-9822.
As mensagens enviadas antes do serviço ter o funcionamento interrompido por problemas técnicos, na semana passada, serão respondidas normalmente. Estamos trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível e informaremos quando a situação for normalizada.
Já o atendimento por ligação telefônica continua sendo realizado pelo número 41 2170-2500.
Datas, prazos e documentos: saiba tudo sobre as eleições da APP-Sindicato 2025
Processo eleitoral vai eleger os(as) integrantes da diretoria estadual, das diretorias regionais, do conselho fiscal e os(as) representantes de municípios para os próximos quatro anos
Nos dias 23, 24 e 25 de setembro, ocorrem as eleições da APP-Sindicato para eleger os(as) integrantes da diretoria estadual, das diretorias regionais, do conselho fiscal e os(as) representantes de municípios para os próximos quatro anos. O prazo para o registro de candidaturas das chapas começa nesta quarta-feira (25) e termina às 18h do dia 24 de julho.
O processo eleitoral será realizado de forma virtual. O link para a votação eletrônica estará disponível no site da APP-Sindicato. Todas as informações estão reunidas em um hotsite, disponível no endereço www.appsindicato.org.br/eleicoesapp2025, e serão atualizadas conforme o avanço das fases do pleito eleitoral. Confira abaixo as principais informações sobre o processo.
Dia do Orgulho LGBTQIA+ reforça luta por respeito à diversidade e avanço nas políticas públicas
Mesmo com avanços estruturais nas últimas décadas, a população LGBTQIA+ ainda luta para superar desafios como o preconceito no mercado formal de trabalho e outras formas de violência
Mobilizações de rua no Dia Internacional do Orgulho (28 de junho) chamam a atenção da sociedade para os direitos da população LGBTQIA+ - Foto: Altvista/APP-Sindicato - Arquivo
Mesmo com avanços estruturais, passados 56 anos do marco da Rebelião Stonewall, evento que deu origem ao Dia Internacional do Orgulho, a população LGBTQIA+ ainda luta para superar desafios como o preconceito no mercado formal de trabalho e outras formas de violência. Pesquisas mostram, por exemplo, que a taxa de desemprego das pessoas LGBTQIA+ é três vezes maior que a média geral da população.
De acordo com as estimativas da Aliança Nacional LGBTQIA+, a taxa de desemprego para a população LGBTQIA+ foi de 20% no ano de 2024, com projeção de um aumento de até 40% para os próximos anos. Enquanto para a população geral, os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma taxa de desemprego de 6,6% em 2024.
Já o estudo Inclusão Econômica e Geração de Renda da População LGBTQIA+ no Brasil: Desafios, Iniciativas e Financiamentos, realizado de outubro de 2023 a março de 2024, apontou que apenas uma a cada quatro pessoas LGBTQIA+ consegue ter emprego formal.
Coletivo de pedagogos(s) da APP-Sindicato define ações para combater sobrecarga de trabalho e assédio da Seed
Mais de 280 pedagogos(as) participaram do encontro organizado pelo sindicato para discutir pautas urgentes, com foco no fortalecimento da categoria e na melhoria das condições de trabalho
Foto: Reunião on-line reuniu pedagogos(as) de todas as regiões do Paraná - Foto: reprodução
Mais de 280 pedagogos(as) da rede estadual do Paraná participaram da reunião on-line do Coletivo de Pedagogos(as) convocada pela APP-Sindicato com o objetivo de debater a pauta emergencial do segmento e definir coletivamente estratégias para combater a sobrecarga de trabalho e a política de assédio da Secretaria da Educação (Seed).
“Foi uma reunião muito positiva, participativa e fundamental para darmos continuidade no trabalho que a APP-Sindicato tem realizado de escuta, diálogo, e organização da categoria para vencermos as políticas deste governo, que têm violado nossos direitos, imposto obrigatoriedade do uso de plataformas, intensificação do trabalho e vigilância excessiva”, avalia a pedagoga e secretária de Assuntos Jurídicos da APP, Marlei Fernandes.
Entre os temas discutidos, estiveram a plataformização do ensino, a intensificação do trabalho, a crescente burocracia e a vigilância constante, especialmente por parte de “tutores e embaixadores” da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Além disso, foram abordadas as especificidades da organização do trabalho pedagógico e a necessidade de superar o modelo de trabalho por metas obrigatórias pelo uso de plataformas digitais.