Boletim da APP – 28/07/23
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Plataformas do atraso: relatório da Unesco alerta sobre impactos negativos do uso de tecnologias na educação
Documento corrobora posição da APP sobre a plataformização e recomenda que governos regulamentem o uso
O uso intensivo de plataformas e dispositivos tecnológicos pode ter impacto negativo na educação e na aprendizagem dos(as) estudantes. A conclusão é da Unesco, uma agência da ONU, e está presente no recém lançado relatório “Tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?”.
O documento põe em xeque o modelo educacional adotado por governos como o do Paraná, que tem imposto a professores(as) e estudantes uma avalanche de plataformas tecnológicas sem qualquer diálogo ou reflexão crítica sobre o impacto no ensino-aprendizagem e nas condições de trabalho da categoria.
De volta aos livros: Suécia recua na digitalização de escolas após resultado desastroso
Autoridades concluíram que digitalização da sala de aula pode transformar a próxima geração de estudantes suecos em analfabetos funcionais
Uma decisão recente do Ministério da Educação da Suécia reforça os riscos à aprendizagem trazidos pela política de digitalização da sala de aula adotada pela gestão Ratinho Jr. Enquanto na rede estadual do Paraná só aumenta a pressão pelo uso de plataformas, o país sueco suspendeu um plano ambicioso de digitalização do ensino.
“Estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais”, advertiu a ministra da Educação, Lotta Edholm, após ver a nota do país despencar no Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), exame internacional que avalia o desempenho em leitura dos(as) estudantes.
Segundo matéria publicada no jornal francês, Le Monde, a gestora concluiu que o mau desempenho é consequência da forma acrítica como o país introduziu recursos digitais nas escolas. A exemplo do que Ratinho Jr. está fazendo com as escolas paranaenses, nos últimos 15 anos a Suécia substituiu os livros didáticos por computadores, tablets, aplicativos e plataformas tecnológicas.
Na Suécia, as consequências negativas desse experimento foram observadas em toda a comunidade escolar. Alunos(as) perderam o hábito da leitura, professores(as) ficaram sem acesso a livros e as mães, pais e responsáveis não conseguem ajudar seus(as) filhos(as).
Protestos pela revogação do NEM marcam participação do ministro da Educação na 75ª Reunião da SBPC
Ato teve a participação da APP e ocorreu durante a chegada e a palestra do ministro Camilo Santana
Educadores(as) e estudantes protestaram pedindo a revogação do Novo Ensino Médio na manhã de quinta-feira (27) em Curitiba, durante palestra do ministro da Educação, Camilo Santana, na 75ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Já na chegada, o ministro foi abordado em tom de diálogo e cobrado pela revogação. Elio da Silva, secretário de Finanças da APP, asseverou ao cumprimentá-lo: “É para revogar. Não tem nada para remediar”, ecoando a preocupação da categoria em todo o país, que está em alerta com a possibilidade do MEC efetuar “remendos” no modelo, sem atacar as raízes do problema.
Concurso: após notificação da APP, prova objetiva para Educação Física tem questão anulada
Banca argumentou que 10 vezes 3 seria igual a 33 e confundiu Platão com Kant; em ofício, APP também reiterou o pedido de ampliação do número de vagas
Dez vezes três é igual a 30, mas de acordo com a banca do concurso público que vai contratar professores(as) para a rede estadual, o resultado dessa multiplicação seria 33. Esse é só um dos vários erros recebidos pelos(as) candidatos(as) em resposta a recursos apresentados contra o gabarito preliminar da prova objetiva.
Em razão dos problemas, a APP-Sindicato notificou a Secretaria de Administração e Previdência (Seap) exigindo que as questões que tiveram modificações nas alternativas corretas fossem anuladas e a pontuação concedida a todos(as), com o objetivo de garantir iguais condições aos(às) concorrentes do certame.
Segundo período para solicitação de licença especial começa no dia 29 de julho
O requerimento para a licença deve ser entregue até o dia 8 de agosto, no NRE da sua escola
A partir do dia 29 de julho (sábado), educadores(as) com direito a Licença Especial poderão solicitar o afastamento para o segundo período de 2023. O período do protocolo se estende até o dia 8 de agosto e o período de fruição será do dia 23 de setembro até o dia 21 de dezembro.
A Licença Especial para este ano foi regulamentada a partir da Instrução Normativa nº 1/2023, publicada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) em abril. O documento liberou 1.600 vagas para a fruição dos(as) trabalhadores(as) da educação.