Boletim da APP – 30/04/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
APP-Sindicato cobrará lockdown efetivo do governador Ratinho Jr
Após o governador apontar a possibilidade de retorno das aulas presenciais em maio, Sindicato convoca Assembleia para dia 29 de maio e aprova mobilizações
Diante do novo anúncio do governador Ratinho Jr., onde aponta o retorno gradual das aulas presenciais a partir do mês de maio, o Conselho Estadual da APP-Sindicato discutiu nesta sexta-feira (30), novas ações contra a proposta e reforçou a necessidade de um lockdown efetivo no Paraná. Durante a reunião, o cientista Lucas Ferrante, que integra o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), reforçou que este não é o momento do retorno das atividades presenciais, indicando um grande risco de aumento da contaminação por Covid-19 no Estado.
Entre os principais pontos discutidos no Conselho, a direção Estadual dialogou com os representantes dos Núcleos Sindicais propostas para enfrentar a necropolítica de Ratinho Jr, que ao mesmo tempo que coloca em risco a vida dos(as) trabalhadores(as) de educação com a proposta nefasta do retorno presencial, ataca direitos fundamentais dos(as) profissionais.
APP-Sindicato denuncia violências do Governo Ratinho Jr contra a Educação e os servidores públicos
Atos em Curitiba apontaram os ataques covardes durante a pandemia e exigiram a exoneração do secretário Renato Feder
A denúncia das violências cometidas pelo governador Ratinho Jr contra a Educação e o serviço público paranaense marcou o ato feito nesta quinta-feira (29) pela APP-Sindicato e estudantes diante do Palácio Iguaçu, para lembrar os seis anos do Massacre do Centro Cívico, quando servidores que protestavam contra mudanças na ParanáPrevidência foram atacados com bombas, cães e cavalaria pela Polícia Militar, a mando do então governador Beto Richa. Servidores da Saúde e da Agricultura também participaram do ato, realizado junto ao acampamento de policiais e bombeiros militares que protestam contra o Governo do Estado.
74 anos do Sindicato que defende a educação pública paranaense
Explosão de luta pelos direitos(as) dos(as) educadores(as) e da comunidade escolar
Eu tô na luta! Ninguém solta a mão de ninguém! Sim, é hora de comemorar os 74 anos da APP-Sindicato, uma entidade que agrega valores e respeito pelos(as) cidadãos(ãs). É mais do que uma tradição da educação pública paranaense e brasileira. Juntos(as) somos mais!
A homenagem aos 74 anos não apaga a pandemia vivida e sofrida, mas, em um momento tenso e de vidas que se foram, vamos também lembrar que uma das defesas do Sindicato justamente é preservar as vidas e os direitos dos(as) servidores(as) da educação e da classe trabalhadora como um todo. Desde o início da temida Covid-19, a luta foi para que todos(as) ficassem em casa, lockdown para seguir os direcionamentos dos(as) profissionais e pesquisadores(as), e somente volta às aulas com todos(as) vacinados(as).
Para a APP-Sindicato, a educação é essencial há mais de 70 anos – e chegando aos 74 anos com muita bagagem, aprendizado e troca de experiências. A escola é sentida na prática por quem entende de educação pública. Construir um mundo melhor por meio de uma luta coletiva, afinal, o universo é gigantesco e a educação brasileira influencia no futuro da nação.
Vitória da Educação: PL da volta às aulas é retirado da pauta do Senado
Parlamentares e profissionais da Educação terão mais tempo para debater de forma mais consistente o retorno
O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, recebeu uma comitiva representando 113 entidades e a Bancada da Educação da Câmara Federal, com os deputados(as) Rogério Correia, Alice Portugal, Israel Batista e Reginaldo Lopes. Os parlamentares pediram a suspensão da votação do Projeto de Lei (PL) 5.595/20 que determina a volta às aulas presenciais no período mais crítico da pandemia.
O senador Rodrigo Pacheco se comprometeu a defender junto aos seus pares a retirada hoje do projeto e iniciar uma discussão sobre o retorno seguro às aulas. Segundo o senador, a vacinação de todos os trabalhadores da educação é uma premissa para que o retorno das aulas seja seguro.
‘Priorizar as escolas não significa reabri-las agora, no pico da pandemia’
Para Salomão Ximenes, PL que torna a 'educação essencial' subverte a lógica das regras sanitárias e impõe prejuízos futuros à educação
A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira 21, projeto de lei que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitárias do estado ou município.
Sob o objetivo declarado de ‘tornar essenciais’ a educação básica e o ensino superior, o PL 5595/2020, que ainda será encaminhado ao Senado, tem sofrido forte oposição de educadores, que veem ameaças ao setor para além do contexto imediato da pandemia.