Boletim da APP – 30/07/21
Informativo eletrônico semanal da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do PR
Máscaras de baixa qualidade, falta de testes e de ventilação ameaçam volta às aulas
Paraná ocupa o nono lugar no Índice de Segurança no Retorno às Aulas Presenciais
A falta de distribuição de máscaras de qualidade, a pouca atenção à ventilação das salas de aula e a falta de testagem para Covid19 derrubaram o Paraná no ranking dos Estados brasileiros com os melhores planejamentos para impedir a disseminação do coronavírus nas escolas, após a volta às aulas presenciais. O Paraná ocupa a nona colocação entre 26 estados mais o Distrito Federal, de acordo com o Índice de Segurança no Retorno às Aulas Presenciais, desenvolvido pela Rede de Pesquisa Solidária, que reúne mais de 100 cientistas do Brasil e do Exterior.
O índice foi desenvolvido com os objetivos de informar a sociedade sobre a qualidade dos protocolos propostos por Estados e capitais e de sugerir melhorias nas políticas públicas voltadas ao retorno às aulas presenciais. O estudo aponta equívocos nos protocolos de segurança, como priorização de investimentos na compra de termômetros e na higienização de superfícies, superando outras medidas mais eficazes, como a distribuição de máscaras de qualidade e a testagem ativa nas escolas. É o que acontece no Paraná, onde o Governo Ratinho Jr tem empurrado educadores e estudantes para as salas de aula sem os devidos cuidados.
Alerta epidemiológico: APP-Sindicato divulga novo estudo sobre pandemia no Paraná
A Campanha Nossa Luta Salva vidas e a resistência dos(as) educadores(as) tem ajudado a diminuir o número de óbitos e de casos graves da Covid-19
Com apenas 18,2% da população do Paraná imunizada com as duas doses (ou com a vacina de dose única) o Paraná ainda está longe de ter controlado a disseminação do Coronavírus. Em um recente estudo encomendado pela APP-Sindicato, um grupo de cientistas avaliou a propagação da doença após o início da vacinação em massa.
No modelo utilizado pelo grupo de cientistas, SEIR (Susceptíveis – Expostos – Infectados –Recuperados), demonstra que o isolamento social dos meses de março e abril foram de extrema eficácia para minimizar a terceira onda de Covid-19. De acordo com o modelo SEIR, apresentado na primeira nota técnica divulgada pela APP-Sindicato, projetava-se uma terceira onda com potencialidade de causar mais de 100 óbitos diários. “Estima-se que, mesmo não atingindo o patamar recomendado, o isolamento social implementado evitou pelo menos 1500 mortes para a cidade de Curitiba”, afirma o pesquisador Lucas Ferrante.
Tribunal de Justiça mantém liminar que proíbe desconto de falta da greve de 29 de abril
Justiça determina a legalidade da paralisação e intima governo estadual a abrir uma mesa de negociação com o Sindicato
A APP-Sindicato ingressou na Justiça e obteve parecer favorável em relação à legalidade da paralisação do dia 29 de abril deste ano. De acordo com o documento emitido pelo Poder Judiciário e assinado pelo juiz Antonio Franco Ferreira da Costa Neto, o governo do Estado do Paraná deve negociar com a APP as condições da reposição do dia de manifestação.
No documento, a Justiça determina ainda que o governo estadual possibilite aos(às) servidores(as) a reposição de aulas, antes do término do ano letivo, e que não seja lançada a falta ou desconto na folha. A decisão determina que haja diálogo entre governo e sindicato e decisão estabelece prazo de 30 dias para que a Administração Pública realize a tratativa com a direção estadual acerca da compensação do dia de mobilização.
Dinheiro desviado da construção de escolas deverá ser devolvido
Decisão do Tribunal de Contas se refere às investigações da Operação Quadro Negro, maior escândalo de corrupção do Governo Beto Richa
O Tribunal de Contas do Paraná condenou um ex-superintendente e um ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação a devolverem recursos desviados da construção do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) de Maringá. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (27) e refere-se a denúncias da Operação Quadro Negro, maior escândalo de corrupção do Governo Beto Richa (PSDB). De 2012 a 2015 foram desviados pelo menos R$ 30 milhões que deveriam ter sido destinados à construção e reformas de escolas públicas estaduais em todo o Paraná.
Com a decisão do Tribunal, o superintendente da Seed na época dos desvios, Jaime Sunie Neto, e o diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Superintendência de Desenvolvimento Educacional da Seed, Maurício Jandoí Fanini Antônio; a empresa Atro Construção Civil e seu representante legal, João Batista dos Santos; o engenheiro contratado pela construtora Alysson Gonçalves Quadros e o fiscal da obra, Bruno Francisco Hirt, foram sancionados à devolução solidária de R$ 234.820,98, referentes a pagamentos adiantados pela execução das obras. O então coordenador de Fiscalização da Sude, Evandro Machado, responde solidariamente pela devolução de parte desse montante: R$ 144.275,37.